tag:blogger.com,1999:blog-15154616795490306242024-03-05T02:16:00.853-08:00Notas de RodapéBridahttp://www.blogger.com/profile/09114418957465259624noreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-1515461679549030624.post-3741990817128754622015-08-16T11:29:00.004-07:002015-08-16T11:34:44.332-07:00Sandra Rosa Madalena Rosa...<br />
Não se vá sem falar comigo.<br />
Teu poço cresce?<br />
Está doente de equívoco.<br />
Tome teus remédios,<br />
Folheie teus livros<br />
<br />
Sei que queres abrigo.<br />
Por que esmoreces assim?<br />
Encontrei nos teus esboços<br />
Sobre magos e médiuns<br />
Rezas ocultas<br />
Para te livrares de mim<br />
<br />
Naquela manhã<br />
Quando caístes inerte ao chão<br />
Vi através do teu crânio aberto<br />
Um sapiens sapiens qualquer<br />
Cheio de quimeras<br />
E dialetos secretos<br />
<br />
Não haviam lótus ou ametistas<br />
No teu jeito de morrer.<br />
Tuas mãos quiromânticas<br />
Jamais seguraram velas,<br />
E teu sangue carmim<br />
Não entoava canções singelas.Bridahttp://www.blogger.com/profile/09114418957465259624noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1515461679549030624.post-2019705476706621992015-08-15T16:43:00.000-07:002015-08-16T12:27:29.509-07:00SilêncioSímbolos maçônicos<br />
Cravados na fonte<br />
Posso avistar ao longe<br />
Um carteiro esquecido por deus <br />
<br />
Trepidando de cansaço<br />
A passos largos<br />
Tentava esquivar-se das sombras<br />
Tropeçando no breu<br />
<br />
Os olhares ausentes<br />
Das estátuas de ninfas<br />
Sufocam primaveras <br />
<br />
Na ventania das horas ilícitas<br />
Corta o negrume<br />
O sibilar da maple tree<br />
<br />
Pesada de silêncio <br />
A bolsa do carteiro rompe-se<br />
Então ele contempla<br />
à luz laranjada do poste<br />
<br />
Envelopes voadores<br />
E correspondências em branco<br />
<br />
O destino<br />
Naquele momento<br />
Foi percebido que calou-se há tempos<br />
Acredita-se<br />
Que tornou-se silêncio<br />
<br />
E o silêncio<br />
Tornou-se eterna noite<br />
Com uma bala alojada na solidão<br />
E outra no vazio<br />
<div>
<br /></div>
Bridahttp://www.blogger.com/profile/09114418957465259624noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1515461679549030624.post-56869608542036298042014-04-05T08:12:00.000-07:002016-07-29T16:43:40.913-07:00PesarMeus sinceros pesares, minh'alma.<br />
Declaro-lhe morta.<br />
Não há mais brilho em tua face e sentido para continuares entre nós.<br />
Não existem mais motivos para continuarmos com essa non-sense.<br />
Eras uma alma tão escarlate, e foi-se tão cedo.<br />
Lembro-me dos teus últimos dias onde a doença lhe usurpou tão cruelmente.<br />
<br />
Tornou-se cruel.<br />
<br />
Você tornou-se cruel com o vento, as árvores e o chão.<br />
Pois o void preencheu sua cabeça e não havia mais espaço para non-sense.<br />
Não havia espaço em teu colchão.<br />
E o peso de tua cabeça ainda recortaria andar por andar até que encontrasse o núcleo terrestre e o ultrapassasse; até que enfim ultrapassasse as camadas do buraco negro que passeia no espaço plácido, e explodisse em um milhão de pedaços de coisa alguma. Em um milhão de pedaços de non-sense.<br />
<br />
Sem a presença do meu interior, fui transportada para uma longa e alta montanha. Me encontro sobre ela e tenho dois abismos, um à direita e um à esquerda. No da direita vejo saídas com sinais luminosos, e no da esquerda onde estariam minhas loucuras e quimeras há uma fita cassete com apenas uma faixa.<br />
<br />
20 anos blues.<br />
Sou transpassada por uma longa espada.<br />
<br />
Se ele (meu interior) não tivesse afundado, nós nos divertiríamos em um vórtice violeta cozinhando batatas e falando de trens vazios.<br />
Nós nos divertiríamos tanto que eu o olharia nos olhos, com os meus olhos marejados, e lhe diria:<br />
"Imagine, imagine só o quanto doerá quando eu cair da minha nuvem!"Bridahttp://www.blogger.com/profile/09114418957465259624noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1515461679549030624.post-29752535667659597542013-04-01T20:45:00.002-07:002016-07-29T16:44:40.410-07:00Paradoxo Para que sonhar com o futuro (vejo-me perdida em campos) se os lúcidos não se arrependem por nunca terem sonhado (sim, posso contemplar o meu semblante de dúvida)? A natureza nos abraça, (sinto o cheiro de terra molhada) mas a cidade nos acolhe, caso seja cativada. Veja, veja o presente (viajo pelo tempo sem rumo, braços abertos para o desconhecido) ele não parece solucionável e brando? Para que se aventurar (vago observando cada detalhe minucioso) nos mistérios do futuro? Ele não lhe reservará (ter a solidão como companhia é lucro) nada além de devaneios, perdição.Bridahttp://www.blogger.com/profile/09114418957465259624noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1515461679549030624.post-1428283935326930102012-11-12T10:02:00.000-08:002016-09-17T11:46:07.008-07:00AdeusEu desisto, mesmo sem razões, porque nasci para desistir, e assim a vida segue seu curso tranquilo.<br />
Tentei bater na porta tantas vezes, e muitas outras deixei cartas.<br />
Não há coragem o bastante para pronunciar as flores, até porque nelas não se encontra mais a vida.<br />
Mesmo que eu venha a encontrar as maçãs, elas não apagarão o tempo que estraçalhei.<br />
Que o meu amor platônico descanse em paz, e leve com ele todas as suas pseudo memórias macias.Bridahttp://www.blogger.com/profile/09114418957465259624noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1515461679549030624.post-431768129933127322012-10-03T02:59:00.000-07:002016-07-29T16:52:03.095-07:00Madrugada''Meus pêsames'', ela se pronunciou.<br />
De alguma forma a Madrugada sabia da morte mais recente de minha primavera, e estava perceptivelmente feliz.<br />
(Salafraia!)<br />
Com toda sua sutileza vulgar, ela me apresentou uma vez mais o poço que mora em meu peito. Era profundo, lamacento e escuro. Uma brisa fria atingiu meu rosto e, de repente, a paisagem espacial a minha volta pareceu balançar à deriva de uma ventania invisível. Seu movimento brusco aos poucos formou um redemoinho. Tentei me afastar, mas lembrei de que não tenho controle de nada quando estou neste plano.<br />
<span style="text-align: justify;">O estranho redemoinho estrelado começou a se aproximar demasiadamente. Voava sem freio como um cometa japonês, justamente em direção ao rombo que havia entre minhas costelas. Tentei fugir novamente, mas não obtive sucesso. Quando ele encontrou meu poço, deformou-se, e todas as estrelas que carregava despencaram e preencheram o local onde deveria se encontrar meu miocárdio. A fenda fechou e cicatrizou com as estrelas dentro, e de alguma forma ceifou parte de minha dor. Procurei um rosto para o qual pudesse dirigir um olhar ou sorriso de gratidão, mas não avistei nada além de uma escuridão enfeitada com pequenos pontos de luz.</span><br />
E, de repente, como se um deus sem rosto tivesse estalado os dedos para quebrar a hipnose, a paisagem à minha volta se desintegrou. No momento seguinte eu estava olhando deveras confusa para o teto do meu quarto. Não tentei esclarecer o que havia acontecido, e senti uma imensa vontade de voltar para o vazio do espaço, de escutar o riso das estrelas.<br />
Dentro de pouco tempo descobri o porque da fuga de minha dama. O sol. O sol que saldou os meus olhos a afugentou, e me fez odiá-lo uma vez mais.<br />
Minha dama, volte. Minha Madrugada.<br />
Madrugada que permite que eu aproveite cada segundo de silêncio.<br />
Como um monstro que não pode ver a luz, eu gostaria que durasse para sempre.<br />
<br />Bridahttp://www.blogger.com/profile/09114418957465259624noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1515461679549030624.post-22299119163013756262012-09-05T12:07:00.005-07:002016-09-17T12:00:41.432-07:00Estrada Sobre Caminhar<br />
O sol caminha sob meus pés, pois minha noite resolveu que não o afagaria. Minha noite permanece acima de minha cabeça, e o seu ciclo não se altera. A estrada caminha sobre os meus pés, e mesmo que ela insista em parar, o destino não deixa.<br />
Prescindindo a Dona Confiança.<br />
Ela prometeu ao meu eu de antemão que o deixaria ir, então julguei sensato abandona-la.<br />
Prova de fragrâncias que se extinguem mais rápido do que a física pode afirmar. Cantarola em francês uma canção tão melancólica que desmantela os gaiteiros de baderna, que não encontrando semi-tom que sustente os versos, suicidam-se de baixo auto estima.<br />
Tudo parece parado nesse mundo que gira, tudo parece girar nessa mente pacata.<br />
A percepção está atrasada, meus sonhos degolados.<br />
E eu daria todo o pouco que tenho para poder caminhar sobre a estrada, e fazer ela cessar o caminhar que faz sobre minha alma.Bridahttp://www.blogger.com/profile/09114418957465259624noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1515461679549030624.post-85188747172220761292012-09-03T21:09:00.000-07:002016-09-17T12:03:50.425-07:00Rosa IIEi, Rosa.<br />
Rooosaaa?<br />
Tomou teus remédios para a tua dor? Tomou teus remédios para angústia?<br />
Primeiro me diga quem lhe trouxe para fora do poço, pois não deveria tê-lo feito.<br />
Segundo me explique o porque de tua volta, ela de certa forma não me agrada de todo, nem faz sentido o bastante.<br />
Pare, pare de rir. Sei que teu riso é tão falso quanto o resto de tuas palavras. Me sinto na palma de tua mão quando sorrides para mim, e isso me enjoa um pouco. Não podes mais brincar com minha dignidade, pois dela já perdi boa parte. Prometo querida, que se voltar a me contar fatos sem veracidade alguma, te lançarei ao poço de uma forma que tu nunca mais retornará à superfície.<br />
Até porque não deverias de forma alguma ter retornado.<br />
Fingir que acredito em ti é mais difícil do que acreditar em um futuro luminoso.<br />
<br />
E repito, tu não deveria ter voltado.Bridahttp://www.blogger.com/profile/09114418957465259624noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1515461679549030624.post-38017578308376239492012-08-01T19:25:00.001-07:002016-09-17T12:04:39.042-07:00O FimTempo, tempo<br />
Tão longo<br />
Esse livro, tão extenso<br />
Será que eu não poderia pular para o final?<br />
<br />
Contam boatos<br />
De que a alegria existe<br />
E coexiste com a nostalgia<br />
Digo, isso saiu da boca de um bardo<br />
Que aumenta a realidade<br />
E recria a irrealidade<br />
<br />
É tudo culpa da relatividade<br />
É espaço, é tempo<br />
É tempo, é espaço<br />
Eles se devoram mutuamente<br />
E evaporam em um espasmo<br />
<br />
Tempo, tempo<br />
Ele veio para o chá<br />
Bebe o meu espaço físico, fuma o livro<br />
Ele quer relaxar<br />
Se matar<br />
Relaxar<br />
<br />
Basta!<br />
Os anos se tornaram sombrios<br />
Tão frio, tão frio<br />
Será que eu não poderia pular para o final?Bridahttp://www.blogger.com/profile/09114418957465259624noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1515461679549030624.post-6160385921428388892011-09-26T22:38:00.000-07:002016-09-17T12:16:53.496-07:00O Poeta Está Morto<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
O poeta está morto</div>
<div style="text-align: left;">
Quem nos guiará para os castelos das terras perdidas</div>
<div style="text-align: left;">
Arrebatando-nos com suas sinfonias nobres e complicadas?</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
O poeta está morto</div>
<div style="text-align: left;">
Quem me levará para casa? </div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
Moro nos campos verdes</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
Onde o brilho das estrelas soa mais intensamente</div>
<div style="text-align: left;">
Embriagando-nos</div>
<div style="text-align: left;">
Elas refletem nos poços de trevas infinitas</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
E ainda há os que se jogam para pergunta-las coisas sem respostas</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
Estou perdida</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
Tão perdida</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
Esqueça-me antes das guerras</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
Tenho duas faces</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
E não hesitarei em cavalgar para terras distantes</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
Chorem pelo que nunca tiveram</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
E regozijem-se do poder que nunca tiveram</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
Corram, fujam</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
Voem para longe</div>
<div style="text-align: left;">
Porque o tempo já não passa</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
E a paz se tornara inalcançável </div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: left;">
<i><br /></i></div>
</div>
<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: left;">
<i><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Brida 10/02/2011</span></i></div>
</div>
Bridahttp://www.blogger.com/profile/09114418957465259624noreply@blogger.com0