segunda-feira, 1 de abril de 2013

Paradoxo

Para que sonhar com o futuro (vejo-me perdida em campos) se os lúcidos não se arrependem por nunca terem sonhado (sim, posso contemplar o meu semblante de dúvida)? A natureza nos abraça, (sinto o cheiro de terra molhada) mas a cidade nos acolhe, caso seja cativada. Veja, veja o presente (viajo pelo tempo sem rumo, braços abertos para o desconhecido) ele não parece solucionável e brando? Para que se aventurar (vago observando cada detalhe minucioso) nos mistérios do futuro? Ele não lhe reservará (ter a solidão como companhia é lucro) nada além de devaneios, perdição.