Rosa...
Não se vá sem falar comigo.
Teu poço cresce?
Está doente de equívoco.
Tome teus remédios,
Folheie teus livros
Sei que queres abrigo.
Por que esmoreces assim?
Encontrei nos teus esboços
Sobre magos e médiuns
Rezas ocultas
Para te livrares de mim
Naquela manhã
Quando caístes inerte ao chão
Vi através do teu crânio aberto
Um sapiens sapiens qualquer
Cheio de quimeras
E dialetos secretos
Não haviam lótus ou ametistas
No teu jeito de morrer.
Tuas mãos quiromânticas
Jamais seguraram velas,
E teu sangue carmim
Não entoava canções singelas.
domingo, 16 de agosto de 2015
sábado, 15 de agosto de 2015
Silêncio
Símbolos maçônicos
Cravados na fonte
Posso avistar ao longe
Um carteiro esquecido por deus
Trepidando de cansaço
A passos largos
Tentava esquivar-se das sombras
Tropeçando no breu
Os olhares ausentes
Das estátuas de ninfas
Sufocam primaveras
Na ventania das horas ilícitas
Corta o negrume
O sibilar da maple tree
Pesada de silêncio
A bolsa do carteiro rompe-se
Então ele contempla
à luz laranjada do poste
Envelopes voadores
E correspondências em branco
O destino
Naquele momento
Foi percebido que calou-se há tempos
Acredita-se
Que tornou-se silêncio
E o silêncio
Tornou-se eterna noite
Com uma bala alojada na solidão
E outra no vazio
Cravados na fonte
Posso avistar ao longe
Um carteiro esquecido por deus
Trepidando de cansaço
A passos largos
Tentava esquivar-se das sombras
Tropeçando no breu
Os olhares ausentes
Das estátuas de ninfas
Sufocam primaveras
Na ventania das horas ilícitas
Corta o negrume
O sibilar da maple tree
Pesada de silêncio
A bolsa do carteiro rompe-se
Então ele contempla
à luz laranjada do poste
Envelopes voadores
E correspondências em branco
O destino
Naquele momento
Foi percebido que calou-se há tempos
Acredita-se
Que tornou-se silêncio
E o silêncio
Tornou-se eterna noite
Com uma bala alojada na solidão
E outra no vazio
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