domingo, 16 de agosto de 2015

Sandra Rosa Madalena

Rosa...
Não se vá sem falar comigo.
Teu poço cresce?
Está doente de equívoco.
Tome teus remédios,
Folheie teus livros

Sei que queres abrigo.
Por que esmoreces assim?
Encontrei nos teus esboços
Sobre magos e médiuns
Rezas ocultas
Para te livrares de mim

Naquela manhã
Quando caístes inerte ao chão
Vi através do teu crânio aberto
Um sapiens sapiens qualquer
Cheio de quimeras
E dialetos secretos

Não haviam lótus ou ametistas
No teu jeito de morrer.
Tuas mãos quiromânticas
Jamais seguraram velas,
E teu sangue carmim
Não entoava canções singelas.

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